quarta-feira, 9 de julho de 2014

Uma nação não se resume num jogo.

Buenas.
Escrevi esse texto ontem no meu facebook e quis postar aqui também para caso alguém quisesse ler. É um pequeno resumo do que eu pensei quanto ao jogo de Brasil e Alemanha no dia de ontem e de muita hipocrisia que se revelou.

"Não, não foi falta do Neymar, tampouco do Thiago Silva. Foi a falta de um futebol digno de uma seleção que carrega o peso de 5 copas do mundo nas costas. Foi a falta de cabeça no lugar, de reconhecer que o futebol estava ruim e de mudar. Foi a falta de atenção no jogo e o foco no Neymar. Jogadores se machucam o tempo todo e a seleção não dependia e nunca dependerá do Neymar. Afinal, se mesmo com o Pelé machucado o Brasil se consagrou campeão de 62, por que dependeria do Neymar hoje?
Foi a humildade da Alemanha em, mesmo vendo o Brasil ganhando com dificuldade, reconhecer o adversário que estava enfrentando e ainda dizer que o Brasil que era o favorito. Foi o bom futebol alemão posto em jogo.
Nunca fui muito de futebol, admito, mas nessa copa eu estava vendo maioria dos jogos e torcendo realmente pelo futebol brasileiro. Por mais que muitos possam ir contra o Brasil em si, queiram se emancipar do resto do país e afins, eu ainda sou brasileiro e tenho orgulho disso. Podemos não ter os melhores investimentos, nem os melhores políticos, mas uma derrota num jogo não é motivo para sair falando que "a culpa é da Dilma", "deviam ter feito hospitais" ou "chupa Brasil". Ria o quanto quiser da seleção brasileira, mas tudo que irás ganhar será a minha repulsa por ires contra a tua nação. Tá ruim, ok, mas isso não justifica essas atitudes agora. Afinal, até o povo alemão consegue sentir orgulho de seu país atualmente, mesmo depois de ter tido Hitler no comando.
Só algumas conclusões quanto ao que vi muita gente postando nas redes durante esse período do jogo, desculpem por ter uma opinião."

sábado, 5 de julho de 2014

Cansado de tudo, cansado do mundo.

Buenas.
Hoje foi um dia complicado em que muita pressão caiu sobre mim. Um dia de bons momentos, em certa parte, mas também de imenso terror em outras. De tão cansado de tudo que estou, até voltei ao blog como um jeito de descarregar. Não quis usar o facebook por nunca fazer dele método para isso. Tampouco do twitter por 140 carácteres não serem o suficiente para tirar isso da minha mente.
O que se passou, afinal? Oras, algo bem simples: cobranças e mais cobranças. Chega um momento em que as responsabilidades começam a vir e começam a se acumular. Tudo que acontece começa a ser culpa tua. Um peida e o culpado sou eu. Um respira diferente e já cai sobre mim a culpa. Pois é, que bela bosta isso. Desculpe a quem tiver lendo, mas eu estou tão de saco cheio que não estou nem um pouco afim de maneirar nos modos para escrever algo decente por aqui. Estou a procura de um ombro amigo e o achei na escrita.
Sabe, não quero ser mandado por pessoas que tem pleno conhecimento para fazer por si próprio. Não quero que caiam em cima de mim todas as responsabilidades por algo que outros deveriam fazer. Não quero que sempre eu tenha que dar o primeiro passo.
Ok, tem coisas que eu sei que tenho que assumir a responsabilidade e às vezes sou meio relapso. Admito, tenho meus erros e deixo coisas para última hora, mas se tem algo que me deixa realmente mal é que me cobrem coisas que não são de minha alçada.
Sei que no futuro ainda serei cobrado por muitas coisas e terei que cumprir responsabilidades em prazos definidos se quiser seguir na Arquitetura, mas é diferente do que se tem passado. Eu não tenho dever algum de cumprir com nada. Não estou fazendo algo por dinheiro, não estou fazendo algo por nome, não estou fazendo algo por que quero. Estou me dispondo a assumir um cargo para tentar ajudar aos outros a se guiarem, mas parece que ninguém percebe. É muito mais fácil criticar e jogar tudo pra cima de mim. Afinal, se alguém faz algo errado, a culpa é minha. Se alguém não é capaz de organizar uma simples coisa sozinho, a culpa é minha. Por que sempre eu tenho que sair cobrando o pessoal? Odeio cobrar os outros assim como odeio ser cobrado. Não esperem que eu vá cobrar alguém por simplesmente querer. Se chegar a um limite, eu cobro sem problemas, mas não posso simplesmente sair cobrando qualquer um o tempo todo. Se quer reclamar de algo, vá e faça melhor!

Enfim, desculpem por esse texto, mas precisava desabafar e aqui é um espaço que criei exatamente para botar o que penso. Nesse caso, valeu a pena para pode usar como um alivio.

Se continuar a vontade, continuo a escrever por aqui vez ou outra.
Grato pela atenção,
Pedro Meyer.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Afinal, o que é a felicidade?

Olá!
Num momento de descanso perante a semana complicada, "viajando" pelo facebook, duas postagens de meus amigos me intrigaram. Primeiro, o compartilhamento de um link (http://www.bhaz.com.br/professor-etica-fala-sentido-vida-programa-jo-video-sucesso-redes-sociais/) com uma reportagem sobre um professor que foi no programa do Jô. Curioso, quis ver do que se tratava e saí mais disposto a ser feliz do que nunca. Segundo, para completar isso, vejo outro compartilhamento de um blog (http://www.gluckproject.com.br/vale-a-pena-largar-tudo-em-busca-da-felicidade/). Esse projeto mostrado no segundo link vai um passo a mais: A busca para a felicidade não oferece limites. 
Tirei um tempo enquanto lia para refletir sobre o meu futuro. Eu sei que ainda estou bem no início, eu sei que o futuro pode parecer incerto e que a vida pode me pregar diversas peças. Sei que posso acabar tendo dificuldade para encontrar um emprego. Sei que a ideia de ser o futuro Niemeyer, de ser um arquiteto com ideais a serem seguidos pode, sim, ser uma ideia utópica. Sei que sonhar, às vezes, pode machucar. Porém, mesmo com tudo isso, eu sei de uma única coisa que eu quero para a minha vida: ser feliz! Mas me diga, por que isso seria um impedimento para eu deixar de sonhar? Só por ser algo muito difícil isso quer dizer que é impossível? Claro que não! Meus sonhos são possíveis e farei de tudo para torná-los realidade. Sei que a minha felicidade dependerá do quanto me esforçarei para ser feliz e do quanto lutarei pelo meu futuro. Diante de tantas certezas, claro que pode vir o medo, mas não quero eles para mim, pois sei que o medo é o pior inimigo da felicidade. Afinal, o casal do link não largou tudo para ser feliz? Por que não posso eu continuar agora a perseguir o meu futuro? Enquanto eu tiver a capacidade de sonhar e de manter a minha mente criativa para torná-los reais, seguirei nessa busca. Quando não tiver mais isso, terei atingido todos os meus objetivos e poderei descansar em paz. Vejo que hoje descobri o sentido da minha vida: ser feliz com aquilo que me encanta. Odeio o tédio de uma rotina, mas vejo que estou seguindo o caminho certo: nada na arquitetura é igual. Por mais que sejam os mesmos conceitos, a execução sempre será diferente, sempre haverá uma nova mente para criar uma nova obra. Eu quero ser essa nova mente, eu quero ser esse arquiteto que será lembrado por suas obras. Não estudo para ser mais um a construir qualquer coisa, mas sim para ser um futuro Oscar Niemeyer e ver os alunos se encantando com as minhas obras e eu ganhando um pedaço de felicidade em cada olhar esperançoso. Sim, sou um sonhador. Sim, tenho ideias utópicas. Esse é o meu jeito, sonhar é o que mantém a mente ativa e viva. Se ser assim for um erro, não quero estar certo.

Grande abraço,
Pedro Meyer.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Ilusões, desilusões, fantasias e alegrias - amizades.

Olá.
Nessa madrugada que eu devia estar dormindo ao invés de escrever, me veio a vontade de reavivar um pouco o blog. Então, essa vontade não veio do nada, veio particularmente do dia de hoje. Diversos pensamentos rondaram a minha cabeça durante o dia, como por exemplo: o que eu estou fazendo aqui ainda? 
Para os que não sabem, sou um estudante de Arquitetura e Urbanismo e vivo no centro acadêmico da faculdade. Pois então, exatamente lá que tinha esses pensamentos. Entre as aulas, fico por lá. Hoje, tive 4 horas de espera por lá até a outra aula. Nesse tempo, muita coisa pode acontecer. De fato, aconteceu. Não falarei o que aconteceu, não quero comprometer nada, mas tive realmente muito por pensar lá. 
Tópicos que me vieram: O que é amizade? O que é a raiva e o que ela pode fazer com as pessoas? O que se pode fazer com quem não merece nem um sorriso seu de volta? Como eu me sinto mais confortável perto de pessoas que não tenho convívio tão próximo quanto com os meus colegas? Etc.
Conclusões? Diversas. Será que alguma certa? Boa pergunta... 
Sou uma pessoa muito insegura e às vezes tenho que ter uma segunda opinião. Não é a toa que pedi a ajuda de uma amiga para me aconselhar hoje de noite, visto que eu não conseguiria entender sem uma segunda opinião.
O que é amizade? Resposta: poder confiar em outra pessoa, assim como se espera que ela confie em ti e convivam bem nessa reciprocidade. Verdade: pessoas convivendo e tentando não matar as outras com olhares, tentando se aproveitar de outros e/ou falsidade em forma de ser. A verdade pode parecer dramática, pode parecer uma mentira, mas no fim, ela só é inconveniente mesmo. Não digo que é sempre assim, tem casos diferentes. Digo mais como uma experiência de convívio. Quando lhe convém, as amizades podem parecer a única solução, mas quando é a outra pessoa a necessitar, "ah, ele que resolva". Pode parecer revolta de más experiências, porém são constatações tiradas da reflexão do dia. Eis que vem a verdadeira pergunta e a verdadeira resposta: O que é a amizade mesmo? É o resultado da confiança mútua entre duas pessoas, em busca do bem estar de ambos e da boa convivência. É alguém poder olhar na cara de outrem e dizer que ela fez algo errado e sabe que está errado, mas ainda assim ajudá-la a superar isso e levar a vida adiante. Ser amigo é dar o melhor de si para fazer do outro uma pessoa melhor. Enfim, é difícil atingir essa segunda resposta.
Raiva, pessoas indesejáveis. Pela resposta do que é a amizade, já se dá para imaginar o ponto de partida dessas outras reflexões. Sim, por alguns momentos do dia eu senti raiva. Bastante. Agora, vejo que não devia ter sentido, afinal, não havia o porquê. De que me adianta ficar incomodado com pessoas que tem uma mente diferente da minha? Negativismo, infantilidade, falta de bom senso. A partir de hoje, isso não deveria me afetar mais, afinal, não é isso que tenho como filosofia de vida e não irei deixar isso mudar quem eu sou.
Por último, a calma que as pessoas passam. Sentar por meia hora com um outro pessoal e ouvir eles tocando e cantando por diversão fez meu dia mais feliz. Toda a raiva e indignação que presenciei se esvaiu na simples troca de ambiente. Literalmente, abri uma porta para, figurativamente, deixar a escuridão para trás. Às vezes, mudar os ares pode realmente mudar teu dia.
No fim de tudo isso, enquanto escrevia, vi o vídeo da música "Se for para tudo dar errado" da Banda Tópaz e vi que se passa uma grande mensagem nesse vídeo. Ali sim que se vê a amizade verdadeira. Lembra-me também de outro vídeo: vários jogadores de cadeira de rodas jogam basquete e, no fim, se revela que somente um deles era realmente cadeirante, enquanto os outros eram simplesmente amigos de verdade.
Em suma, as amizades são complicadas e pode demorar um tempo para se firmar uma amizade verdadeira, mas quando se firma, é a melhor  coisa que se pode querer. Tenho amizades verdadeiras e não as trocaria por nada. 

Grande abraço,
Pedro Meyer

(não prometo mais volta do blog de postagem semanal por saber que não o farei, mas é isso, postagens aleatórias ainda podem surgir)

segunda-feira, 8 de julho de 2013

E por que não falar de animais?

Olá.
Então, ontem eu li um texto nos comentários de uma tirinha e achei muito interessante. Transcreverei ele abaixo:
_________________________________________________________________________________
De vez em quando escutamos alguém me dizer: "- Para com isso! é 'Apenas um Cão'!" ou então; "Mas é muito dinheiro pra se gastar com ele! É 'Apenas um Cão'."

Estas pessoas não sabem do caminho percorrido, do tempo gasto ou dos custos que significam "Apenas um Cão". Muitos dos meus melhores momentos me foram trazidos por "Apenas um Cão". Por muitas horas em minha vida, minha única companhia era "Apenas um Cão" e eu não me senti desprezado.

Muitas de minhas tristezas foram amenizadas por "Apenas um Cão". E naqueles dias sombrios, o toque gentil de "Apenas um Cão" me deu conforto e motivo para seguir em frente.

E se você também é daqueles que pensam que ele é "Apenas um Cão, com certeza deve
entender bem a expressões como: "Apenas um Amigo", "Apenas um Nascer de Sol", "Apenas uma Promessa"...

"Apenas um Cão" deu a minha vida a verdadeira essência da amizade, da confiança, da pura e irrestrita felicidade.

"Apenas um Cão" faz aflorar a compaixão e a paciência que fazem de mim uma pessoa melhor porque pra mim e pras pessoas como eu não se trata de "Apenas um Cão", mas da incorporação de todos os sonhos e esperanças do Futuro; das lembranças afetuosas do Passado; da pura felicidade do momento presente.

"Apenas um Cão" faz brotar o que há de bom em mim e dissolve meus pensamentos e as preocupações do meu dia. Eu espero que, algum dia, as pessoas entendam que não é "Apenas um Cão", mas aquilo que me torna mais humano e me permite não ser " Apenas um Homem"...

Então, da próxima vez em que você escutar a frase "É Apenas um Cão", apenas sorria para estas pessoas, porque elas apenas não entendem...
_________________________________________________________________________________

Então, trago esse no mesmo intuito do vídeo de ontem, para que cada um tire as suas conclusões. Eu sei que a Mel (minha cadelinha linguicinha) já me fez muito bem e ainda me faz. Ela me tira sorrisos com simples gestos ou até pedindo para subir na cama e deitar do meu lado. Esse texto pode se referir certamente a ela também. Cachorros, para mim, são realmente grandes amigos.

Grande abraço,
Pedro Meyer.

domingo, 7 de julho de 2013

Um momento, uma reflexão para a vida toda.

Olá.
Um dia desses, me apareceu esse vídeo na Time line do facebook e me deu curiosidade em ver. Ao abrir, logo vi que tinha 22 minutos e pensei: "Ah, não vou ver todo, vou ver só o início para ver qual é a ideia dele." Engano meu. Comecei a ver e cada vez mais me envolver pela história. Era perto das 5h da madrugada e conseguiu me fazer prestar atenção em cada vírgula que aparecia. Esse vídeo me deu uma ótima reflexão e eu quero que vocês também a tenham.  Não irei deixar nada do que eu pensei aqui, acho que o vídeo já passa uma mensagem linda e que nada que eu disser será melhor do que o próprio Zach falando para vocês.


Grande abraço,
Pedro Meyer.

sábado, 22 de junho de 2013

"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante"

Olá.
Sempre odiei brigas. Odeio a violência. Não gosto de discussões por coisas inúteis. Por que estou dizendo isso? Qualquer um que não for alienado perante a situação do Brasil saberá responder. Sim, é por conta dos manifestos que se espalham pelo país que estou escrevendo. Tudo que penso é baseado em imagens e vídeos, além de textos, vistos na internet, pois não participo de manifestações.
Primeiro, vi em Porto Alegre algumas pessoas indo às ruas para protestar contra o aumento das passagens. Acompanhando um pouco do que colegas comentavam, vi que o povo tinha abraçado uma causa e feito algo por isso. Entretanto, ao ouvir que ônibus tinham sido pixados e atacados por aqueles que protestavam contra o aumento, logo pensei: que bando de idiotas! Pedem para abaixar o preço e depredam o bem que usam?? É tão difícil não destruir?
Bom, isso passou e fui levando a vida. Preço abaixou, mas alguns ainda queriam mais. Como bom alienado que sou, descobri na quinta-feira do dia 13/06 que havia uma onda de manifestações ocorrendo em São Paulo. Logo que vi o que tinha ocorrido, senti o medo de que um grande amigo fosse atingido por isso. De fato foi, mas não diretamente. Perguntando sobre o que ele viu nesse dia, falou-me o seguinte:  "estava na aula e tive que sair para comprar um material. Ao sair, só vi um bando de gente e a fumaça cobrindo tudo. Tive que voltar para a sala sem poder comprar, o gás deixou meus olhos vermelhos e minha garganta começou a irritar." 
Tá, São Paulo foi o primeiro passo que realmente me chamou a atenção. Nos dias seguintes, não consegui parar de ler notícias, ver vídeos e saber um pouco mais do que aconteceu lá. Cada coisa que eu lia era como se eu estivesse tomando um tiro de bala de borracha, como se fosse eu aspirando aquele gás lacrimogênio (com prazo de validade vencido ou não) ou até como se fosse eu a ouvir um policial me xingar ou jogar spray de pimenta na minha cara. "Sem violência", gritavam os manifestantes, gritava o meu coração ao ver as imagens. 
Passou os dias e só ouvia o pessoal comentar: "Segunda-feira será maior". Meu primeiro pensamento: tenho medo disso. Por quê? Pensei que se com certa quantidade de pessoas já houve grandes problemas, com uma quantidade maior só pioraria. Erro meu. Senti um grande orgulho ao ver o resultado, ao ver o povo unido num Brasil tão grande quanto é. Fazer jus a frases do próprio hino, cantá-lo no meio do manifesto, coisas que mexem com uma pessoa que até então acreditava que o país era completamente dividido e que poucas pessoas gostavam do hino do país. 
Achando que não tinha mais o que ver de diferente, engano-me novamente ao ver uma única imagem do protesto de quinta-feira: as pontes Colombo Salles e Ivo Campos, em Florianópolis, tomadas por manifestantes. Sei que conhecidos meus estavam lá no meio, vi a movimentação dos mesmos no facebook. Eu não esperava ver isso da minha cidade natal, foi uma surpresa que realmente me alegrou.
Cada manifestação mostra algo novo, mas quando chega perto do fim, fico triste ao ver as postagens nas redes sociais. Não pensem que é por estar chegando ao fim, mas sim por ver sempre o mesmo discurso: "Estava muito boa a manifestação, ATÉ OS VÂNDALOS COMEÇAREM A ATACAR.". Triste. Seres humanos com pensamento tão pequeno. Seres humanos acabando com patrimônio privado de gente que tanto batalhou para construir. Seres humanos sendo animais, seres irracionais. Triste. Gente inocente levando tiro e bombas. Vândalos ganhando espaço para atacar. Triste, somente isso.
Não sei porque eu escrevi isso aqui. Também não quero vir com discurso moralista falando do real sentido do manifesto e afins. Sei que o país tem muita coisa errada, mas sei que tudo pode mudar. Há poucos dias atrás eu não tinha esperança na mudança, achava que só ia ficar essa onda de protestos até acalmar e deu, voltarmos a ser o país da copa e comandado pela mídia. Finalmente me convenci: o país está mudando, ele irá melhorar. Não graças a mim, obviamente, mas graças aos que estão lutando por isso. Podem me julgar por não participar, mas não gosto de agitação demais e sei que o pacifismo da manifestação uma hora acaba. 
Por fim, posso dizer que isso tudo fez mudar muito a minha mente. Hoje, acredito mais no Brasil. Hoje, acredito mais na força de vontade do ser humano. Hoje, acredito mais no futuro. Claro que tem exceções, mas isso é a minoria, não conta para os meus pensamentos. Sei que nem tudo que se vê é verdade, sei que a ingenuidade impera em certos grupos desse país, mas também sei que isso mudará. É esse o pensamento que vejo na cabeça dos brasileiros: A mudança está ocorrendo. Nós somos a mudança. Apesar de tudo, não tiro a urgência de um outro fato: Querem mudar o país? Comecem mudando a si mesmos. Querem que a educação seja boa? Sejam educados então. De nada adianta pedir para o ensino público melhorar se o próprio aluno não tiver vontade de estudar, de aprender, de ser alguém na vida. A educação que tanto pedem deve começar em casa. Outros problemas como a saúde e a corrupção que sim, podem (e devem) ser vistos pelos governadores desse país. Meu único desejo agora é que essa mudança ocorra com paz, espero que seja possível.

Grande abraço,
Pedro Meyer!