quarta-feira, 12 de setembro de 2012

E se eu partisse, minha falta seria sentida?

Olá.
Então, faz um tempinho que não escrevo aqui, mas hoje me deu vontade de fazê-lo. Essa semana eu tenho refletido muito sobre certas coisas da vida, sobre as pessoas que passam pela minha, sobre aquelas que ficam. Basicamente, o que me ficou desses pensamentos foi realmente a importância das pessoas, seja na minha vida ou na vida de outros.
Acredito que maioria das pessoas já tenha parado para pensar sobre a importância de uma pessoa qualquer em sua vida. Eu faço isso de vez em quando, quase uma rotina. Mas será que tenho atribuído o valor certo para as pessoas? Será que tenho sido sábio na decisão de quem é importante ou não? Bom, se tem algo que minhas reflexões me levaram a pensar é que eu não sei quem é realmente importante para mim agora. Penso, repenso e penso uma terceira vez, mas não chego a nenhum lugar. Pensamentos vagam em minha mente, chego a uma conclusão e mudo completamente dois minutos depois. Por que isso? Tento achar uma resposta, mas a única coisa que me vem na cabeça é o fato de que as pessoas podem ter sido importantes em certos momentos e terem deixado um pouco de lado ou não serem tão importantes quanto se pensa que são. 
Esse meu pensamento tem várias vertentes, cada uma pode se aplicar a diferentes pessoas. Têm pessoas que passam pelas nossas vidas e marcam. Elas podem marcar de uma maneira que tu sempre te baseies naquela marca ao vê-la, porém, a pessoa pode não ser sempre daquela maneira e causar decepções. Também há quem não tenha deixado uma marca fixa, mas que a cada vez que a vês te sentes bem com a presença. Indo mais a fundo, encontramos pessoas que são verdadeiras parábolas em nossa vida. Passam um momento junto, te fazem bem, depois ficam um tempo sem aparecer, voltam para ficar mais um pouco e assim vai indo.
Eu realmente tenho parado para reavaliar em quem eu posso dar devida importância em minha vida. Não vou citar nomes, nem relações, nem de onde são as pessoas. Se tem algo que tirei por conclusão mesmo é que eu não devo mais me preocupar com a importância das outras pessoas em minha vida, pois sempre irei mudar de opinião. A partir de agora, devo me preocupar na importância que eu tenho para os outros. Pensar no bem que posso fazer pelos outros, pensar em como eu posso dar o meu melhor pelos outros, em como eu posso ser um bom amigo. Isso é outra questão que tenho achado complicada também. A importância das pessoas é um assunto muito variável, mutável. Uma hora, a pessoa é importante e tu é importante para a pessoa; na outra, podes não ser mais.
Nessa questão, a conclusão que chego se traduz por uma frase de Sócrates: "Só sei que nada sei". Sim, pode ser uma frase que não tenha nada a ver, mas se viajares comigo e pensares pelo lado de eu nada saber sobre a importância das pessoas, verás que faz certo sentido.
Então, antes que eu me perca mais na inconstância de meus pensamentos, deixo uma simples reflexão: Quem marcou a minha vida, quem passa por ela sem deixar marcas e quem faz com que eu me sinta bem? Uma pergunta simples, com diversas reflexões embutidas em si. Eu sei bem quem marcou minha vida, o problema é identificar quem está só de passagem por ela.
Todo esse pensamento só me leva a outros pensamentos, como o da vida passageira. Não queira que a sua vida seja somente um passagem de ida, sem que a volta seja requerida. Eu não quero isso para a minha vida. Aprendi através da perda que a vida é muito mais do que uma passagem. Para mim, pode ser até, mas eu quero que eu passe por ela deixando marcas para serem sentidas. Traduzo esse texto todo em uma pergunta: "E se eu partisse, minha falta seria sentida?".

Um grande abraço,
Pedro Meyer.

Um comentário:

  1. Existe uma frase que eu gosto muito e que é sobre a passagem das pessoas
    Na nossa vida. "Cada pessoa que passa na nossa vida deixa um pouco de
    Si e leva com ela um pouco da gente". Então acredito que todos que passam
    Por nos são importantes pois com cada um aprendemos alguma coisa. Tem
    Pessoas que entram na nossa vida e nao saem nunca, tem um lugar cativo.
    Boa reflexão.

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