quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Nem todo amigo é um irmão, mas um irmão é sempre um amigo.

Olá.
Hoje é um dia ruim. Quer dizer, eu acho que estou fazendo desse dia algo ruim. Nunca antes tinha comemorado tal dia, não de uma maneira exacerbada. Para quem está perdido, falo do dia de hoje, 5 de Setembro, conhecido por Dia do irmão. Digo que se não quiser ler algo sobre isso, que pare por aqui. Esse é um estilo de post para refletir com um histórico trágico. 
Bom, para quem é novo por aqui e pode não saber ainda, esse dia é difícil para mim por eu ter perdido meu irmão há cerca de 6 meses e meio. Era meu irmão mais velho, quase 5 anos de diferença entre um e o outro. Teve que aguentar muito dessa criança inquieta que vos fala, ou do adolescente enchendo para usar o computador, reiniciar a internet, trocar de canal. Aquele velho jogo entre irmãos, o amor e o ódio. Enfim, não quero tornar esse post muito meloso e ficar só tratando disso, quero botar algo para ser refletido também.
Se essa data sempre existiu e nunca me afetou em nada, por que isso agora? Simples, pela falta que a pessoa faz em minha vida. O mesmo ocorre quando alguém que perdeu alguém importante tem que presenciar o dia deles, seja dos pais, dia das mães, dia dos avós e afins. É nesses dias que sentimos a importância de certas pessoas na nossa vida. Não digo que antes não eram importantes, mas que passam a ter um valor muito maior nessas ocasiões. É o típico "Ame o que você tem, antes que a vida lhe ensine a amar o que você tinha". Adotei essa filosofia para a minha vida, em parte. Também não é com um grande choque que tudo se infiltra na mente. Eu aprecio muito essa ideia. Já mostrei quanto prezo a valorização daquilo que nos rodeia, daqueles que nos rodeiam, no momento presente. O viver a vida agora, não deixar para amanhã o que se pode viver hoje.
Voltando a sugestão do dia, penso também em outras vertentes. Maioria dos "feliz dia do irmão" que vi eram referentes aos amigos, não aos irmãos. Não tenho muita moral para falar disso, eu desejei para o meu melhor amigo o mesmo, como resposta ao "feliz dia do irmão" dele. Enfim, eu acho que para isso que existe o dia do amigo em si. Não que eu não considere os amigos como passíveis de serem chamados de irmãos, não é isso, é que tenho por concepção de que a amizade sobrevive mais das perfeições do que das falhas. Um conceito de irmandade exige um responsabilidade maior, um amor que sobrevive com o "ódio" diário, com as desavenças. Consigo imaginar um amigo para os momentos bons que se tem com um irmão, alguns para certos momentos ruins, mas nenhum amigo irá conseguir passar o mesmo que um irmão passará. Por mais difícil que seja a situação, é a função do irmão estar do lado e apoiar, ainda mais quando os pais estiverem ausentes ou impossibilitados. Não gosto muito dessa analogia, pelo menos não para esse dia. Também não crucifico quem a usar, não cabe a mim decidir nada, é somente a minha opinião.
Digo, e não me canso de dizer, que aprendi muito com o meu irmão. Minha vida se ergueu ao lado dele e com ele aprendi o básico. Tinha muito o que aprender ainda, mas a vida quis ser a professora dessa vez. Por isso que postei aquela frase antes ali. Quem dera tivesse eu aprendido antes de ser obrigado a entender o sentido da frase.
Deixo as reflexões: Dás valor ao teu irmão? Se és filho único, dás valor às pessoas certas? Vives a vida pensando muito no futuro? E no passado? Estás preso em constantes pensamentos que não o deixa viver?
Eu digo que algo que vale muito a pena é dar o valor que o irmão merece. Sim, eu tive que perder meu irmão para chegar a essa decisão, por isso que falo para não perder tempo. Volto a falar mais uma vez, vivam pensando no presente, não no que já passou, nem no que virá. Podemos nos perder no tempo, vivendo o passado, esquecendo o presente, negando o futuro. Também falo que não vale deixar os pensamentos interromperem o viver do dia a dia. Ficar pensando demais nas coisas e esquecer de viver é um erro. Falo isso porque já errei muito com isso, erro até hoje. 
Bom, antes que eu me perca mais do que já acredito estar, termino por aqui. Deixo essas reflexões e me abro para ouvir novas. Comente algo, caso for de sua vontade, estou aberto a críticas também.

Um grande abraço,
Pedro Meyer

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