segunda-feira, 30 de julho de 2012

Há sempre uma luz na escuridão.

Olá.
Começo esse post com um pouco de humor, com uma pequena tira:

Tira do http://mentirinhas.com.br/, por Fábio Coala.

Então, acredito que já tenham entendido sobre o que venho falar: a sociedade. Na tira, do cartunista Fábio Coala, se mostra o personagem do bárbaro como alguém cruel e que pretende destruir a civilização, a sociedade, e o personagem do homem que está na sociedade.
Como dito antes, essa é uma tira que contém um certo humor, mas eu vejo além disso. Por mais que o último quadro nos leve a rir, o segundo deveria nos fazer chorar. No nosso dia a dia, vemos constantemente a consolidação disso. Nós temos destruído a nossa sociedade, com pequenos atos, pequenos pensamentos. 
A sociedade é, querendo ou não, feita por nós. Cada pessoa tem a sua parcela nessa sociedade, mesmo que seja mínima. Podemos não ser influencia direta dessa destruição, mas indiretamente somos com certeza. Penso que por sermos parte de algo, já participamos das decisões. Vejo a sociedade como um todo. Participamos dela até nos abdicando de participar, pois contamos como pessoa física ainda, dando vantagem à maioria. Sim, uma contradição proposta por nossa sociedade democrática capitalista. 
Tudo que falo aqui é bem relativo à esse país, o Brasil. Não sou a melhor pessoa para julgar. Como jovem de 17 anos, não participo diretamente ainda desse ciclo capitalista democrático. Sei que participo indiretamente, poderia votar e me abdico disso até formar meus 18 anos e ser obrigatório. 
Enfim, não falo só quanto a democracia e política, até por eu não gostar e ter pouco conhecimento desse assunto, mas falo também das atitudes de um ser, falo particularmente dos ditos na tira: Ordem, inocência, dignidade, moral, caos.
O primeiro já nos faz voltar ao outro assunto, pois a ordem é algo que vem do alto calão do país, como os governantes deste. Pois é, eu acredito que não haja tanta ordem, que o Brasil tem muito a ser reformulado antes de podermos ter a ordem, que há muito para ser revisto naqueles que podem reformular este país. Logo, podemos marcar um (x) em destruir a ordem.
A inocência. Algo tão puro, algo que devia ser tão preservado, algo que está deixando de existir. Ao ler a palavra inocência me vem a imagem de uma criança, um bebê. Mas me vem a dúvida, por que não consigo pensar em um adolescente, um adulto? Talvez a minha mente volte a pensar na inocência com um idoso, em seus 70 anos. Por quê? Porque os valores puros estão se esvaindo, a sociedade está cada vez mais vulgar, não conseguimos perceber a inocência nas pessoas, a menos que sejam aquelas que ainda não desenvolveram a mente para entender a vulgaridade ou que já desenvolveram tanto a mente que sabem não precisar desta. Acabar com a inocência: (x).
Chegamos a dignidade e a moral. Quantas vezes não vemos gente sendo indigna por querer algo? E pessoas desmoralizando as outras pelo que fazem? Então, eis o meu ponto. A dignidade está sendo subjugada, junto com a moral. Deixamos esses valores para trás para que nós avancemos. Parece que a opção de irmos para frente com a moral e a dignidade não existe. Pois é, desculpe atrapalhar seu pensamento, mas existe sim! E acredite, é até melhor assim. O crescimento pessoal se supera quando não se é necessária a perda de nenhum valor. Ainda tenho esperança nessas duas, por isso deixo elas sem o (X), mas com um risco (/), pois ainda não foram totalmente "mortas" e "estupradas", como diz na tira.
Por fim, o resultado de tudo isso: o caos. O que se esperar de uma sociedade desregrada, que cada um faz o que quer e não tem os valores para respeitar o outro? O que esperar de uma sociedade onde o egoísmo prevalece, onde só se quer saber de si mesmo? Somente o caos. Há a possibilidade de ser haver uma luz no meio do caos? Sim, isso que me guia por esse texto, essa luz é a esperança. Esperança de que, um dia, as pessoas se deem conta do que estão fazendo, do que estão perdendo, do que não irão recuperar, do que estão tornando a sua própria vida, do que estão tornando o seu mundo, do que estão tornando o futuro. 
Fica a minha reflexão: estou sendo consciente com o mundo? Estou deixando meus valores pela pressão mundana? Sou eu um bárbaro causador de caos? Sou eu a luz da esperança, ou pelo menos aquele que ajuda a segurar o holofote? 
Então, tento ser luz, mas o caos da sociedade pode ser bem mais forte que eu, pode apagar a luz. Um dia desses, conversando com uma amiga, vi que temos que ser os inovadores, temos que ser essa luz e brilhar muito mais forte que a escuridão do caos. Por temos eu digo os jovens, os adultos, aqueles que tem o poder de mudar agora e aqueles que tem o poder de mudar o futuro. Uma mente sozinha não é nada, mas acredite, não estamos sozinhos. Eu quero esse mudança pelo menos.

Um grande abraço,
Pedro Meyer.



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