segunda-feira, 23 de julho de 2012

Tic tac, o tempo passa.

Olá.
Então, hoje faz 5 meses que perdi um grande amigo, meu irmão Arthur. Pois é, 5 meses já. Para mim, passou muito rápido esse tempo. 
O tempo é algo engraçado. Muitas pessoas falam sobre o tempo passar rápido quando estão fazendo algo bom e que demoram a passar quando se faz algo ruim. Não acredito nisso. O tempo é algo muito abstrato para se preocupar se certa pessoa está fazendo algo bom ou ruim. O que acontece é que quando se faz algo que se goste a pessoa não vai ficar reparando no tempo, vai aproveitar o que está fazendo e deu. O contrário acontece quando se faz algo chato. Nos preocupamos com o tempo porque queremos que ele passe rápido e ficamos fissurados por isso.
Uma coisa eu digo, por mais idiota que possa parecer: o tempo passa na hora certa. Não se espera demais, não se espera de menos, se vive o que tem que ser vivido, se passa pelo que se deve passar.
Algo que eu sei é que não entendo o tempo. Tento entender, mas me vem uma grande viagem na cabeça. Sempre penso em um relógio quando me vem a palavra Tempo na cabeça. Se bem que o relógio é o que mais me faz pensar no tempo, pois eu penso no tempo como algo fora das horas, minutos, segundos. Penso no tempo como o momento, a vida, o que se faz. Vivo o tempo em sua contradição, passa e não passa, existe e não existe.
Em meio a isso, vamos só vivendo. Quando paro para pensar no que já aconteceu na minha vida e quando aconteceu, vejo que tudo se passou muito rápido, mas ao mesmo tempo muito devagar. Faz quase 6 anos que moro em Porto Alegre. O primeiro ano passou como se fossem 5 anos. O ano passado se foi como meio ano. Esses 5 meses se passaram rápido, mas eu queria que já estivéssemos no ano de 2013. Isso faz com que o ano tenha se passado rápido ou lento? Novamente, o ponto de vista de cada um que define.
De uma coisa eu tenho certeza: não quero entender o tempo. Para que eu iria me apropriar de algo tão próprio? O tempo é muito simples e puro, nós que o complicamos por querer mudar ele, querer voltar nele, querer viajar nele, querer mais dele, querer que ele nos ajude mais. O tempo não é o agente de nossas mudanças, nós somos! Não se espera que o tempo cure tudo, nós que devemos ir nos curando num processo. O tempo é só algo criado para nos estipular o quanto vivemos e o quanto estamos vivendo. Nenhuma atribuição mais o tempo dá.
Claro que eu já falei "espera, o tempo cura". Quem nunca? Mas não é o tempo em si que cura, é o amadurecimento da própria pessoa que o cura. Volto a dizer, tempo não é milagroso para curar ninguém. Muito pensei que era. Hoje paro e reflito que não. Se hoje me sinto melhor é porque eu não desisti de viver e de me construir como ser humano. Mas o que o tempo tem a ver com isso? Diria que somente por ele passar, mas mais nada. A cura veio de mim, não dele.
Além de reflexões, deixo uma simples mensagem: parem de se basear no tempo! Também não digo que joguem os relógios fora, até porque eu sou alguém que sem relógio não vivo. Nos atrasaríamos sem olhar o tempo. O que digo é para não se atrapalhar demais com o tempo, culpar e exigir demais dele. 
Me pego pensando agora: o que o tempo fez por mim? Bom, ele me permitiu viver e crescer a cada momento. E o que ele fez por ti? O que tu tem aprendido com o tempo? Consigo perceber a minha caminhada com o passar do tempo? Será que o tempo existe para mim? Pois é, essa é a minha reflexão de hoje.

Um grande abraço,
Pedro Meyer.

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