quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ahh, o espírito olímpico!

Olá.
Então, por incrível que pareça, estou gostando bastante dessas olimpíadas. Conseguiram fazer com que eu deixasse o dia todo na sportv ao invés do VH1 de trilha sonora do dia. Uma coisa que me surpreendeu foi bem no início quando ouvi falarem "E o Brasil está pela primeira vez na história em primeiro na classificação geral de medalhas.". Admito que não sou um grande fã de olimpíadas, não cheguei a ver nada das últimas. Eis a minha segunda surpresa. Comecei a me empolgar com os jogos e com a participação do Brasil neles. Não estou vendo tudo quanto é esporte, só os que estão me chamando a atenção, como o vôlei de praia, natação e, que eu quase conseguir assistir, tiro ao alvo. 
Enfim, é um blog de reflexões, vamos a isso. Acho que não sou o único a reparar que um momento como esse é quando conseguimos ver o mundo mais unido, os países representados pelos seus atletas, o respeito que um tem pelo outro. Assistindo a ginástica artística, vi uma cena que chamou a minha atenção: o atleta terminou sua série, foi para os bancos e foi cumprimentado pelos técnicos dos supostos "rivais" por ter feito uma boa série. Mas onde está esse espírito em nosso dia a dia? É, acho que ele fica um pouco escondido. Por isso que digo, esse é o espírito olímpico: aparece nas olimpíadas, some com o término da mesma. 
Outro sentimento que vemos nas olimpíadas é o patriotismo. Todos tem orgulho de mostrar que são de tal país. O melhor de tudo? Você pode ter o orgulho de ser brasileiro do lado de alguém de outra nacionalidade, sem haver uma rixa. Ver as torcidas misturadas é algo que me alegra nas olimpíadas, ainda mais com o mundo do jeito que está. Esse é um sentimento que surge também em copa do mundo, com o porém de ser mais forte nas olimpíadas por se ter mais atletas participando, se ter mais de um vencedor. 
Por cima, tudo isso parece muito bonito, mas tem seus problemas também. O mundo continua a girar, mesmo enquanto diversos atletas se reúnem em um só lugar para competir. Quando acaba, tudo volta ao normal, todos problemas voltam com tudo. É só o tempo do espírito olímpico passar. As pessoas se alienam do mundo só porque as olimpíadas estão acontecendo.
Enfim, vou usar mais das reflexões do que da fala em si. Que tal tentarmos manter essa ideia de respeito pelos outros povos mesmo depois das olimpíadas? Conseguimos manter esse respeito? Não precisamos estar lá para ver essa diferença. Eu acho válido respeitar os outros povos, não me importo se eles não respeitam de volta, é difícil exigir isso de outros. Até que ponto vale ser patriota? Diria que até o ponto em que tu não interfira no patriotismo do outro, que tu pense em teu país somente e não em atrapalhar o outro país. Acho que é bem isso que as olimpíadas ensinam: vivamos como semelhantes, pois compartilhamos do mesmo planeta, vivamos as diferenças sem ferir o outro, vivamos o nosso patriotismo respeitando o outro, sejamos unidos.
Pode ser viagem minha, mas é isso que eu estou aprendendo com esses jogos olímpicos pelo menos. Estou apreciando muito o respeito e a festa que está acontecendo. Seria bom que todos pudessem ver, acompanhar, mas não é a realidade de nosso mundo. Não me deixo cegar pelas olimpíadas.

Um grande abraço,
Pedro Meyer.

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