segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Um dia pode dar uma ótima reflexão, não?

Olá.
Hoje venho escrever pela simples vontade de o fazer, não pensei em tema antes de começar. Primeiro, peço desculpas pela falta de postagem de ontem, acabei tendo compromissos que, através de falta de responsabilidade minha, me deixaram incapacitado de escrever. Enfim, já serve de treino para quando começar o cursinho. 
Bom, hoje o dia me proporcionou algumas experiências. Delas, tiro algum proveito. Basicamente, meu dia se separou em quatro partes: A volta da festa de formatura da minha prima, de madrugada; o almoço com meus avôs, meu dindo, minha dinda e meus primos; a viagem de avião, com um senhor deficiente; e a chegada em casa. Cada parte mostrou um pouco para mim.
Da festa de sábado, com término no domingo, vi algo muito bonito: a amizade e a união familiar. Foi muito bom ver a minha família unida para prestigiar a festa de formatura de uma prima muito querida e uma arquiteta com uma visão fantástica, como o mostrado em seu TCC. Não querendo puxar saco da minha prima, a quem acompanharei na profissão, mas olhando o TCC dela no sábado, completo, vi muito bem a ideia dela. Fez o trabalho com excelência e com um ideal: preservar uma zona e usar dela como um parque ao mesmo tempo, para que as pessoas se inteirem com a praia, com os campings e com a comunidade local. Diria que é uma grande mente essa que pensa em preservar ao invés de destruir tudo para criar um bairro novo, ou simplesmente não se preocupar com o ambiente em que está envolto esse parque. Enfim, ia falando da união e da amizade. Vi a minha família lá, todos os cinco filhos Meyer, os netos (meus primos) e os avôs, juntos. O mais importante mesmo foi essa união. Também falei da amizade. Claro, tinham os amigos lá, mas mais conhecidos de meus pais. Pessoas que não os tinham visto ainda e que deram um abraço forte, ou lacrimejaram em seus ombros. O carinho das pessoas. Tudo isso mexeu muito comigo. 
Enfim, próxima parte: almoço com parte da família. Isso me remete a uma palavra só: saudade. Um almoço em família me lembra muito os tempos de criança, quando morava em Florianópolis. Me lembro dos churrascos na casa de praia da minha avó, das tainhas feitas na churrasqueira, da alegria e da bagunça, do pessoal indo para a praia depois da soneca pós almoço, de tudo. Pela minha consistência humana, não consigo lembrar de tudo isso sem lembrar que houve uma briga que separou isso por um longo tempo. Participar desses almoços em que eu vejo o meu pai sentado na mesma mesa que a família dele é algo que não tem preço, é um sonho realizado depois de quase 6 anos sonhando. Penso no porém de ter um membro importantíssimo a menos, o que me traz de volta a realidade. Um sonho com um vazio, seus prós e contras.
Terceira parte? A viagem de avião. Tinha tudo para ser normal, mas foi bem diferente. Entro na sala de embarque, portão fechado, me sento num banco. Olho para frente e vejo um senhor (não de cabelo branco, mas não sei a idade, só sei que é mais velho que eu e chamo de senhor) parado na frente do portão. De cara, estranhei. Depois de um tempo, aparece uma mulher da webjet e o senhor vai falar com ela. Pela voz, identifica-se um problema já. Pelas atitudes, confirmo. Mas o que eu tiro disso tudo? Uma simples frase: não devo julgar o outro pelo seu problema. Eu não quis julgar ele. Tinha todos os "argumentos" para poder fazer isso, mas não quis. Ele não foi inconveniente para mim. Se fosse? Bom, tenho um motivo para deixá-lo em paz, para não julgá-lo. Ele me aparentou ter algum problema mental, mas não down, algo diferente, não sei o que. Acho que essas pessoas merecem um certo respeito, fiz a minha parte hoje quanto a isso.
Para terminar, vim para casa. Outro bom sentimento, outro sentimento ruim. De primeira, não queria sair de casa, ir para Floripa. Foi bom no fim, eu sabia que seria, mas a minha casa parecia bem mais cômoda e o fim de semana reservava coisas boas se eu tivesse ficado. No fim, foi melhor ir para Florianópolis, a família sempre é melhor do que tudo. Eu adorei passar esse tempo com eles, mas também se sente saudades de casa. Digo que algo que dá saudades é a cama, ainda mais quando se dorme no sofá-cama. Ou da TV, que não tinha timer. Pequenas coisas nos lembram de casa, nos fazem querer voltar um pouco. Mas ir para Florianópolis, tirar 20 minutos para ver o mar, sentir saudades e voltar é a melhor coisa. Foi muito bom poder ir para a praia, ficar sentado, sentir o vento, ouvir o barulho das ondas e pensar nos bons momentos que passei com meu irmão, com a devida presença das ilustres lágrimas.
É, um dia pode dar diversas reflexões, desde que eu pare para pensar nele. Tenho certeza que algo no dia pode te fazer pensar muito e mudar algo em tua vida. Deixo esse convite ao pensamento: pensem no seu dia, tire um tempo para refletir sobre o que aconteceu nele. Eu gostei de fazer isso hoje, foi melhor do que pegar um tema e escrever sobre. Espero que esse reflexão tenha sido útil para alguém tanto quanto foi para mim. 

Um grande abraço,
Pedro Meyer.

Um comentário:

  1. Sandra Prisco Paraiso4 de setembro de 2012 às 22:42

    Pepe
    Embora não tenha escrito aqui no teu blog ainda, quero que saibas que adoro ler. Adoro saber o que está passando dentro do teu coração. Tanto tu quanto o Arthur sempre foram muito importantes na minha vida e o tempo em que não ficamos tão próximos, quer por um motivo ou outro, foi muito difícil pra mim. Escreves muito bem, tens facilidade de colocar teus sentimentos com uma clareza muito grande. Admiro isso nas pessoas, talvez porque já tive vontade de escrever e não consegui. Fico feliz de ver que tens lembranças boas do teu tempo de criança. Realmente a nossa família sempre foi muito unida e divertida e apesar da falta que sentimos do Arthur no nosso meio vamos resgatar isso. Creio que onde ele está é muito melhor do que aqui só que saudades dói.

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