domingo, 12 de agosto de 2012

Chame seu responsável.

Olá.
Hoje o dia me permite somente refletir sobre um tema. Muitas vezes, nos incluímos em coisas demais, coisas que podemos não aguentar, às vezes. Pois é, aí que age a nossa responsabilidade. Se nos comprometemos com algo, sejamos responsáveis de assumir isso. Devemos pensar antes de agir, para não ocorrer nenhum grande problema.
Caso não tenha ficado claro, é sobre as responsabilidades que aceitamos que falo. Essa responsabilidade é algo que vai crescendo com o passar dos anos. Quanto mais velhos, mais responsáveis temos que ser. Não é uma reta crescente, é uma parábola. Crescemos até o fim da fase adulta, o ponto máximo é pouco antes de nos aposentarmos. Quando isso ocorre, temos poucas responsabilidades. 
Na fase de criança, transição para adolescência, é quando não se é tão exigido quanto a isso. Eis que surge a frase: "Irei chamar o seu responsável". Tecnicamente, vale até os 18 anos, mas acredito que alguém em seus 16 anos já tenha suas responsabilidades. Aqueles menores de tal idade que necessitam que alguém seja chamado de seu responsável, não tem a mentalidade para assumir isso.
Na fase dos 16 aos 20 anos, há uma responsabilidade complicada, exposta em tais perguntas: O que farei do meu futuro? Qual faculdade devo fazer? Algo que sei é que é uma grande pressão. Em certas ocasiões, há uma pressão maior ainda: pais rígidos, ter que passar no primeiro ano, não poder fazer uma faculdade paga e ter que passar nas federais, ser obrigado a seguir o caminho de outros, e por aí vai. 
Eu estou nessa crescente, talvez mais ainda agora. Esse ano, me envolvi em duas equipes do CLJ (um movimento de jovens cristãos que existe em Porto Alegre e cidades próximas). Cada uma delas foi um grande ato de responsabilidade: saber que se é parte, saber que se tem algo a fazer, saber que tenho uma mensagem a passar. Nesse segundo semestre, saí disso, começarei a me dedicar muito mais aos estudos. Estou na pressão do vestibular também, do futuro em minhas mãos. Sei que nada se faz sem se ter consciência do que está se fazendo. Só faço isso se eu me responsabilizar em fazer e cumprir. Esse futuro parece tão distante e tão perto, me pergunto se estou fazendo a escolha certa. Bom, estou na fase de tentar, errar, consertar. 
Depois de tudo isso, vem a maior responsabilidade de todas: ser adulto. Como adolescente, me pergunto: será que estou pronto para isso? O mundo parece tão diferente quando se vê um adulto. Esse é o mundo que irei fazer parte daqui a alguns anos. Será que estou pronto para isso? Quando se atinge essa fase, se começa a criar uma carreira, uma família. Tudo isso é responsabilidade a mais. Será que estou pronto para isso? Acho que essa pergunta vai fecundar em minha mente até eu chegar na idade derradeira. Que tal tentar responder essa pergunta? Bom, eu penso que parte da pessoa se achar pronta ou não. Eu me vejo parcialmente pronto. Sei dos desafios que irei passar, sei das escolhas que terei que tomar, sei do tempo que irei perder, sei das dificuldades que ocorrerão em minha carreira profissional e na formação de minha família. Tenho ciência disso, mas sei que na prática será diferente. Isso que me assusta e me faz repetir a pergunta: será que estou pronto para isso? Sim, estou. O medo não deve ser maior que a minha vontade de crescer e ser alguém na vida. Não digo alguém com o intuito de ser famoso ou algo do gênero, mas de ser alguém como um bom pai de família, um bom profissional, um bom cristão. 
Por fim, vem o descanso. Nos aposentamos, não precisamos mais trabalhar. Vemos a família formada, os netos nascendo, quem sabe bisnetos. Se para para pensar no passado e se vê as obras que fizestes, o que deixasses de legado. Todas as responsabilidades assumidas com uma nova visão: eu consegui, eu fiz isso. 
Responsabilidade é algo muito pessoal, mas sempre se arranja um jeito de por a culpa em algo. Todos devemos assumir as nossas responsabilidades, mesmo que seja pequena a porcentagem. Conseguimos cumprir nossos deveres com nós mesmos e com a sociedade dessa maneira. 
Acho que tem muita coisa para se pensar quanto a esse tema, ainda mais quando se está aprendendo o conceito de responsabilidade. Que tal começar com umas perguntas? Pare e pense: O que eu estou fazendo atualmente, quais minhas responsabilidades? O que irei fazer amanhã, quais responsabilidades posso assumir? Terei a motivação correta para me empenhar? Estou pronto para achar o meu caminho e seguí-lo? Estou ciente do que o mundo exige ou exigirá de mim? Estou pronto para isso? 
Pois é, muitas perguntas, muitas respostas. Não cabe a mim respondê-las, meu futuro já é certo em minha mente. Sei que irei fazer a faculdade de Arquitetura e urbanismo, trabalhar na área de projetos e paisagismo, constituir a minha família e sempre dar o melhor de mim para o bem estar daqueles que amo. Cada um tem a sua motivação para viver e fazer o que tem de fazer. A minha? Ser a melhor pessoa que eu possa ser, aprender a cada dia com meus erros, viver alegremente o dia a dia, pois nunca se sabe do dia de amanhã. Vivo por mim, mas também pelo meu irmão, pelo tempo que ele não teve e que estou tendo agora. Como disse, a motivação é pessoal. Enfim, fica a reflexão. 

Um grande abraço,
Pedro Meyer.

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