segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Quando eu era criança.

Olá.
Não sei porque, mas pensando sobre o que escrever, me veio esse tema. Pensei bem naquela frase mesmo "quando eu era criança...". Pois é, muitas vezes paramos para nos lembrar de como era esse tempo, quando éramos crianças, quando não tínhamos tantas responsabilidades, quando "tudo era mais fácil". Se tem algo que penso, é que a infância não me faz essa falta toda.
Em toda fase da vida nos dizem algo. Se uma criança reclama da falta de algo ou de como é chato ser criança, logo é respondida com um "não reclame, eu sinto falta de quando eu era criança". O mesmo acontece com um adolescente que quer se tornar logo um adulto. Mas se é assim, quando que iremos nos sentir bem? Se queremos sempre algo diferente do que somos, acho que nunca. Acredito muito que  se vivermos o momento que estamos, seremos felizes, estaremos de bem conosco. Não fiquemos pensando "como era bom quando eu era criança (adolescente)". 
Quanto a parte de querer que o futuro chegue, também acho ruim. Nessa parte eu serei totalmente hipócrita, pois eu vivo pensando no futuro, mas enfim, é algo errado em mim que devo melhorar. Pensar no futuro é bom, mas viver somente pensando nele, não. Repito: vivamos o presente. 
Como disse, a infância não me faz essa falta toda. Eu vivi ela de uma maneira que me agrada pela pessoa que me tornei hoje. Tudo isso faz parte da nossa mudança. Já falei especificamente da mudança em outro post. Essa mudança quando o assunto é a vida da pessoa em suas fases ocorre a cada dia que vivemos. Um dia vivido, novas coisas aprendidas, novas visões aparecem, a nossa mente se abre e capta tudo aquilo que pode ser bom ou ruim para nós.
Muitos pensam que quando criança tudo era melhor. Mentira. A menos que a pessoa continue com a mentalidade de criança. Parece que era melhor, mas não. Pense melhor sobre como era. Alguém totalmente dependente, o máximo que se fazia de bom era assistir desenhos ou brincar. Não podemos passar a vida toda brincando, não com essa sociedade em que vivemos. Não temos nenhuma responsabilidade quando crianças. Como julgar alguém tão pequeno e com a mente tão fechada para a realidade ainda? Pois é, a fase de criança é aquela em que aprendemos a viver, começamos a entender as coisas, aprendemos a ler e a escrever. Digo que é uma fase importante, mas que não me faz falta. Adoro ter as minhas responsabilidades, poder sair de casa sem ter que ser com os pais ou um responsável, poder viver a minha vida com autonomia. Está certo que ainda sou um adolescente de 17 anos, perto de entrar na fase adulta e tenho muito o que aprender, mas quanto a parte de adolescência e infância estou tranquilo. 
Bom, vou aproveitar e falar um pouco da adolescência também. Pensamentos típicos de adolescentes é "eu sei o que faço", "sou independente", "não preciso que me fales isso", etc.. Pois é, quem pensa assim está muito enganado. Eu mesmo me engano nesses pensamentos às vezes. Essa é a fase em que costumam falar que os adolescentes se "rebelam". Mas por que isso? Quando se atinge essa faixa etária é comum que se pense o antes citado. Por achar tanto isso ali, a pessoa não obedece mais as ordens e imposições de um adulto, alguém que tem autoridade para falar disso, pois já passou por essa idade e entende mais do que a pessoa que está vivendo a mesma. Os pensamentos deveriam ser mais inclusivos: "eu sei o que faço, mas você pode me aconselhar", "sou independente para certas coisas, mas ainda obedeço meus responsáveis até eu sair de casa", "não preciso que me fales isso, mas talvez deva ouvir, pois pode ser útil". A questão é abrir a mente e não se fechar mais ainda. Rebeldia não leva a nada bom.
Por fim, chegamos a fase adulta. Responsabilidades, constituição financeira, casa própria, família. Tudo isso surge, aumenta e vai numa crescente ano após ano. Dessa parte, falo pouco, não cheguei nela ainda. Mas observo os adultos. Uns vivem correndo, outros, na calmaria do dia a dia. Cada um tem seu modo de viver. Enfim, não julgo como uma fase ruim, é a fase em que tudo na vida se concretiza, quando se passa a missão de viver para outros, quando se vive em família, quando se bota em prática o aprendizado. 
Acho que o texto todo já é uma grande reflexão. Rever nossos conceitos, pensar se estamos vivendo como deveríamos, repensar em como agimos. De qualquer jeito, prefiro deixar por perguntas mesmo: Em que fase eu mais me encaixo? Será que estou vivendo na fase certa da minha vida? Não estou adiantando alguma fase ou retardando? 
Aprendamos a viver as épocas, o presente. Sejamos o melhor que possamos na fase em que vivemos. Se não estou me encaixando bem com a fase que vivo, espero um pouco, peço conselhos, me modifico até encontrar o jeito certo de me encaixar. Há muito que podemos mudar na nossa vida em simples passos. O presente é a melhor época de se viver. O passado já se foi, fica o aprendizado, e o futuro, esse não sabemos até quando existirá. Vivamos intensamente.

Um grande abraço,
Pedro Meyer.

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