sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Nem tudo é o que parece ser.

Olá.
Então, ao pedir um tema para uma amiga, ela me disse a palavra "filmes". Como hoje, na aula de geografia, terminamos de ver um filme que havíamos começado em aula, decidi falar um pouco dele e das reflexões do próprio. O nome do filme? A onda. Esse filme trata de uma questão ideológica, fala do fascismo. 
O filme começa mostrando a figura de dois professores. Cada um vai ter que dar aula para uma turma sobre um tema: Nazismo ou Fascismo. O professor que se traz pelo personagem regente da trama fica com o fascismo. Com pequenas atitudes, transforma uma turma de alunos. Ao chegar na sala, os alunos ficam de pé e o saúdam. Logo depois, esse grupo vai ganhando força. Se apelidam de "A onda", como já é sugestivo pelo nome do filme. Criam uma marca, um jeito de se vestir. Quem se veste de camisa branca é um membro, quem se recusa a usar, está de fora. O que parece ser somente um grupo para aprendizado, se torna muito pior do que aparenta. As agressões começam, a separação de grupos aumenta. Para os alunos, a mudança foi boa. As pessoas mudaram, o grupo seguia uma mesma ideologia, lutavam por algo. No fim, o professor, ao ser avisado por um aluno que tudo está fora de rumo, convoca os jovens desse movimento para falar com eles. Faz um discurso, na qual o aluno se rebela contra. Para demonstrar, fala para pegarem o jovem e fazer o que quiser com ele. Ficam sem reação, não sabem o que fazer sem o líder mandar. Ao dizer que tudo acabou, um aluno mantém as portas trancadas e tira uma arma. Mata outro aluno, ameaça matar o professor e termina por se matar. O professor é preso e termina com o conhecimento do que fez.
Por que falo desse filme? Bom, o meu professor de geografia mostrou um ponto bem interessante ao nos passar esse filme: como é fácil manipular as pessoas. Além disso, falou também de outros pontos: a ponta de fascismo que vivemos, o preconceito, o autoritarismo. 
Prefiro tratar do que mais vejo. A manipulação é algo certo, algo que conseguimos ver no dia a dia. Para mim, o maior órgão manipulador é a mídia. Para alguém com pouco conhecimento, tudo que lhe for passado será uma verdade, não se terá um posição contrária. O Brasil é isso, um país de pouco conhecimento, com um povo facilmente manipulável e com manipuladores no poder, com a intenção de ter mais poder ainda. Outro exemplo disso, com o lado fascista, foi a própria sala de aula: o professor fica de pé, na frente, falando, enquanto os 38 alunos ficam virados para ele, ouvindo. O grande problema disso é o chamado "poder". Quanto mais se tem, mais se quer ter, o poder sobe a cabeça do ser e faz com que esse se ache superior aos outros.
Bom, o ponto que acho que tenho mais sobre o que falar é a parte do preconceito, da divisão de classes. A sociedade em que vivemos é separada em diversos grupos, de diversas maneiras. A separação de classes sociais é um exemplo. Em uma mesma cidade, podemos ver os bairros ricos e as favelas, os carros importados e os ônibus em mal estado. A desigualdade social está em nosso presente, é o nosso dia a dia. Junto a isso, vem o preconceito. 
Quando se pensa em preconceito, sempre se vem a escrita da palavra e a separação "pré-conceito". Pois é, bem isso mesmo. Acho que acontece muito e cada vez mais. Após o filme, foi mostrado também quase todo o episódio de "A liga" que fala das tribos. Junto ao filme, me mostrou muito dessa parte do preconceito e da discriminação, da exclusividade. Os alunos do grupo A onda deixaram o pseudo poder subir a cabeça deles. Sim, pseudo poder, eles não tinham poder algum, só esperanças alimentadas erroneamente e desenfreadamente. Se tornaram exclusivos, quem não seguisse a ideologia não merecia ficar junto deles. 
Vamos então para as tribos. Há diversos preconceitos nessa parte. Se vemos alguém diferente do padrão da sociedade, que não está definido em lugar algum, logo julgamos. Um cosplayer, um gótico, um emo, um punk, um colorido. Muito fácil julgar, muito difícil ser o julgado. Não paramos para pensar nessa outro lado. O alvo desse preconceito pode ser aquele que irá ser preconceituoso contigo. O preconceito se trata de um ciclo vicioso. Faço uma pergunta: quem nunca se surpreendeu com alguém depois de conhecer melhor essa pessoa? Digo que não sou alguém próprio para falar disso, já fiz muito uso do preconceito. Tento ser o menos preconceituoso com aqueles que já conheço, mas com quem está fora desse círculo, demoro um pouco. Não há uma razão, um motivo, é tudo questão de aparência, de estar fora do padrão. Pois é, mas nem tudo é o que parece ser. Podemos nos surpreender com o que virá, podemos estar deixando de lado um potencial grande amigo por injusto preconceito.
Bom, deixo a dica de assistir o filme. Sei que eu não assistiria esse filme se lesse em algum blog, tenho preguiça e admito, mas não custa tentar. Enfim, o filme em si é uma reflexão, ainda mais com o fim trágico. Ficam as minhas reflexões também, quanto a tudo isso: Percebo a manipulação? Me deixo levar por ela? Estou ciente do que está acontecendo? Sou preconceituoso? Já fui alvo de preconceito e continuo sendo? Me encaixo na visão fascista proposta pelo filme?
Bom, espero que maioria das respostas sejam para um lado positivo. O fascismo é um movimento ideológico um tanto quanto exagerado na minha visão. Odeio a exclusividade. Odeio o preconceito que eu mesmo pratico, mas que tento melhorar. Isto é outra coisa que eu tenho que ir evoluindo passo a passo, mas aceito companhia para essa caminhada, que tal entrar nessa?

Um grande abraço,
Pedro Meyer.

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