sábado, 4 de agosto de 2012

Tá me ouvindo?

Olá.
Vendo meus posts, até parece que eu sou alguém que adora falar. Pois é, erro de quem julgou assim. Não gosto muito de ficar falando, adoro ouvir. Isso é uma particularidade minha. Assim como eu falo pouco, há quem fale tanto que tu nem consiga responder ela. Enfim, dizem que falar é mais fácil que ouvir.
Então, meu tema desse post é o diálogo em suas peculiaridades. O diálogo é composto de duas partes principais: ouvir e falar. O diálogo é um jogo de interlocutores. Um fala, um ouve. Quando se começa a quebrar esse padrão, se quebra o diálogo. Não conseguimos manter uma conversação com duas pessoas falando ao mesmo tempo.
Quando digo "conversa", digo qualquer tipo. Uma conversa informal, um "será que chove hoje?" de elevador, uma entrevista de emprego, um diálogo aluno-professor. Copio, aqui, um trecho de uma postagem de um grande amigo:

"a gente para, senta, almoça e percebe que tem muito pra aprender. o que uma simples (eu disse simples) conversa surte de efeito na pessoa. e é aquele negócio: a conversa flui. flui e ninguém para, não precisa. ela vai."
Loading... - palavrascansadas.blogspot.com.br, por Gustavo R. Prux.

É, bem isso. Um diálogo pode surtir um grande efeito em nós. Quem nunca se sentiu melhor depois de falar com alguém? Quem nunca precisou desabafar, por para fora, tudo o que estava guardado? São dois exemplos bem distintos. Podemos falar com alguém que nos deixe bem, seja pelo jeito que fala, seja por um lindo sorriso que te alegra, seja por uma palhaçada que faça. De mesmo jeito, o desabafo é um diálogo, eu falo, tu ouve, eu descarrego, tu aconselha e divide a carga. Ambos nos fazem bem, com uma simples troca de palavras. Palavras são ditas, sorrisos se criam, lágrimas se enxugam.
Nem todo diálogo é bom. Uma discussão nada mais é do que um diálogo perdido, um resquício de conversa que saiu de rumo e se tornou em palavras agressivas. Ainda um diálogo, ainda com uma importância. Também não é sempre que isso é ruim. Uma discussão, se bem ministrada, pode surtir um efeito bom, aumentando os laços entre as pessoas, pois se mostra de uma forma verdadeira, se aponta erros, acertos e dúvidas, se esclarece. A mente inquieta procura uma resposta que é encontrada nessa discussão.
Sei que para mim, os diálogos tem poderes inimagináveis. Maioria de meus diálogos acontecem pela internet. Às vezes, pareço um idiota sorrindo na frente do computador. Um diálogo agrada, o rosto mostra. O mesmo acontece com diálogos ruins, capazes de me deixar com uma cara séria e um humor detestável. Também, há as conversas surpreendentes. Quando menos se espera, vem alguém, diz algo e seu dia muda. O dia não, o momento pelo menos, talvez o futuro do dia. É, o "poderoso diálogo".
Algo que me agrada muito é ver um bom diálogo entre pais e filhos. Sempre tive essa boa relação com meus pais. Algo está ruim? Se conserta com diálogo. Algo está fora de rumo? Se conserta com diálogo. Tenho algum problema? Opa, diálogo conserta. Esse diálogo é algo que prezo muito, ainda mais tendo em vista pessoas que não tem uma relação boa com seus pais. 
Se tem uma coisa que é certa, é que tudo isso não poderia acontecer se não soubéssemos ouvir. Esse é a parte fundamental. Ouvir. Se um sabe ouvir, já está de bom tamanho. Se ambos sabem? Melhor ainda, teremos um ótimo diálogo. Quem nunca ouviu a frase: "Fale menos, ouça mais"? Pois é, faz sentido, não? Se queremos ser ouvidos, ouçamos! Simples assim.
Pois é, ficam as reflexões básicas: O que é um diálogo para mim? Consigo manter minhas relações bem com o diálogo? Há uma relação de respeito quando dialogo? O que o diálogo muda em minha vida? 
O diálogo é fundamental, é algo que está presente no dia a dia. Ouçamos, falemos, mas não percamos o rumo do diálogo. Eu priorizo o respeito no diálogo. Falo pouco, falo o necessário. Ouço muito, mais do que devia. Pequenas coisas que devemos ir reparando em nossa vida para que possamos melhorar cada dia mais. Eu gosto de ouvir, não faz mal para ninguém tentar também.

Um grande abraço,
Pedro Meyer.

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