segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Algo acaba, a realidade muda.

Olá.
Então, há um tempo atrás eu escrevi sobre como é bom o espírito olímpico. Ontem, dia 12 de agosto, houve a cerimônia de encerramento das olimpíadas de Londres de 2012. Não vi grande parte dela, mas deixei no canal para ouvir um pouco. De toda a cerimônia, vi pequenas partes de apresentação. Por mais que eu critique a apresentação do Brasil no fim, eu gostei de certas partes dela. Não vi toda, obviamente, mas vi umas partes interessantes que me deram esperanças de uma boa performance aqui no Brasil. 
Essa cerimônia me deu bastante o que pensar, bem relativo ao último texto disso mesmo. O espírito olímpico acabou, voltamos a nos odiar, voltamos a ser países diferentes, separados, vivendo pelo seu ideal e tentando não sucumbir ao poder das grandes economias. Mas estava falando da cerimônia, e sim, continuo falando dela, pois tocaram duas músicas nela que me chamaram a atenção. Primeiro, toca Imagine, do John Lennon. Uma música que me toca muito, me faz pensar e imaginar realmente o que ele propõe. "Imagine as pessoas vivendo pelo hoje", "imagine que não existam países", "imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz". Ficamos nisso, na imaginação. É fácil pensar, fácil querer, difícil agir, difícil acontecer. No refrão, é cantada um frase marcante: "e o mundo será como um só". É, ele nos mostra uma possibilidade do mundo ser um só. Aos invés de um só, temos 205 mundos praticamente. Falo 205 pois é o número de tochas totais que havia, sendo uma trazida por cada nação. Cada uma tem as suas regras, as suas prioridades, a sua cultura, o seu pensamento.
Deixo o vídeo da música com o link para a letra embaixo, para quem quiser escutar:
                                              http://letras.mus.br/john-lennon/90/

Eu disse antes que eram duas músicas que tinham me chamado a atenção. Uma já falei, a outra é uma em que só uma palavra dela já me dá uma chance de pensar muito. A palavra em questão é freedom, traduzida como liberdade. Não falo da música toda, a letra não me passa muito mais do que essa única palavra. Liberdade. É, uma palavra que me traz diversos pensamentos. Até que ponto sou livre? O que a liberdade significa para mim? Pois é, em uma sociedade é difícil se ter uma liberdade total. Tem-se a liberdade individual. Para mim, ser livre é um compromisso. Sou livre, mas não interfiro na tua liberdade. Sou livre, mas sei meus limites. Sou livre, voo alto nos meus sonhos, vivo para tentar realizá-los. 
Além disso, pensei também nessa palavra quanto às olimpíadas. Me pergunto, por que essa música, com essa palavra tão marcante aparecendo seguidamente, foi cantada no encerramento das olimpíadas? Eu não vejo um porquê. Não vejo liberdade em um nível mundial. Que liberdade seria essa em que as grandes economias estão no topo, controlando as menores? É, uma liberdade falha, uma liberdade, talvez, inexistente.
Enfim, eu disse que o espírito olímpico é muito bonito, mas que acaba tão logo acabam as olimpíadas. Prontos para voltar a realidade de países se odiando, guerreando e mantendo preconceitos? Se não, é bom se preparar, pois é o que irá acontecer. As olimpíadas acabaram, a realidade mudou, voltou ao que era antes das olimpíadas.
Então é isso, em suma, gostei bastante dessas olimpíadas. Tenho muito o que falar ainda dos representantes brasileiros e suas medalhas adquiridas, da alegria e da tristeza ao recebê-las, das injustiças envoltas nisso, mas não cabe ao momento. 
Enfim, que tal parar um pouco para pensar na música, na liberdade? Essa é a minha proposta de reflexão hoje. Pelo menos é o que ficou em minha cabeça, o que me fez pensar. Vejo ainda muita esperança nas olimpíadas, de um povo mais unido. Penso no lado ruim de ser a cada 4 anos somente. Tem a Copa do Mundo de Futebol no meio também, mas não é o mesmo, o futebol não une tanto, não traz tantos países para um mesmo lugar. Pois é, só sei que eu gosto desse espírito olímpico, de imaginar o mundo como um só. E é nesse pensamento que tento seguir o meu dia a dia. Talvez cheguemos a uma época em que seja mais fácil acreditar nisso.

Um grande abraço,
Pedro Meyer.

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