quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Nós somos o futuro? Sim, (in)felizmente...

Olá.
Então, hoje me peguei pensando sobre algo que já tem me incomodado faz tempo: a nova geração. A nova geração? Sim, essa mesmo. Os jovens, adolescentes e crianças desse século XXI. As mesmas pessoas que são ditas por "futuro da nação". Isso que me decepciona cada vez mais, esse futuro. Vendo cenas no dia a dia, não consigo imaginar que esse seja o futuro do nosso país, do mundo. Talvez não do mundo diretamente, até porque só sei dos jovens brasileiros, rio grandenses e catarinenses para ser mais exato. 
Essa geração é dita como a "salvadora". Eu não acho. Acredito muito mais que uma ou duas gerações atrás salvavam muito mais que essa atual. Por que digo isso? Porque vejo uma perda de valores e cuidados muito grande acontecendo nessa geração, não vejo um futuro tão brilhante nela. A ideia de que somos o futuro é boa, mas será que sabemos entender que realmente somos o futuro? Não. Não todos.
Mas o que penso sobre essa geração que a torna tão ruim? Muita coisa. Crianças já saem sozinhas para festas, onde tem gente bebendo ao seu lado. Adolescentes fumando drogas ilícitas e ingerindo álcool cada vez mais cedo. Gravidez na adolescência. Esses são só pontos que podem ser vistos constantemente, poderia citar vários outros. Dá para entender a minha descrença no futuro agora? 
Então, eu não culpo tanto os jovens, apesar de não redimir deles essa culpa, mas culpo aos pais desses. A responsabilidade pela formação, educação e controle desse futuro é deles. A época deles era diferente da nossa, mas eles recebiam uma educação melhor. Os conceitos antigos são de uma simplicidade maior dos que os atuais, mas muito melhores. É muito fácil para uma criança ir ao supermercado e comprar bebida alcoólica.
Agora me diga, como confiar o futuro nisso? Não dá! Não consigo ter essa esperança nas pessoas, nesse tipo de pensamento de que está tudo bem. Para mim, não está tudo bem. Não é normal isso, não deveria ser pelo menos. Não faz sentido uma criança ter que ir em uma festa e beber para sentir prazer. Na idade de uma criança, se deve pensar em brincar, em aproveitar o dia, em jogar futebol e afins. O mesmo serve para os adolescentes, quando o assunto é encher a cara e voltar vomitando para casa. 
Agora me pego em um impasse: sabe quando eu disse em não pensar tanto no futuro e viver o presente? Pois é. Viver o presente intensamente, eu mesmo disse para fazer isso, mas quando me referia a isso, não me referia a ter uma vida desregrada e sem pensar nas consequências. Eis que vem a minha própria contradição: não pensem no futuro, mas pensem nesse futuro. Digo que não pensemos no nosso futuro individual, no que iremos fazer daqui alguns anos, mas que pensemos no futuro do país, no futuro que nós criaremos como sociedade, como pessoas que compartilham de mesmo estado, país, planeta.
Também existem os jovens, adolescentes, crianças que seguem uma boa vida sem o antes citado, por isso não julgo em geral. É por conta desses que eu vejo a esperança do futuro. Tudo que os outros estragam, esses consertam. Posso estar sendo duro na minha interpretação, mas é o ponto que defendo. Há uma razão para que bebidas alcoólicas sejam vendidas para maiores de 18 anos, assim como a idade para tirar uma carteira de motorista. O que me lembra outra coisa: jovens que bebem e dirigem fazem parte desse futuro que me indigna. É o mesmo que querer desafiar a morte. Mas para que fazer isso??? O dia que alguém me der uma explicação plausível, posso mudar a minha opinião. Enquanto isso, mantenho ela.
Eu vivo refletindo sobre isso e não consigo mudar a minha opinião. Talvez eu já tenha tão certo na cabeça que não consiga mudar. Mas ainda tenho esperança em certas pessoas, pois sem ela não daria muito certo. Enfim, deixo que reflitam sobre isso, uma reflexão bem livre mesmo, sem perguntas direcionando dessa vez, só o texto em si. Gostaria de ler as opiniões de outros também, de interagir nessa questão. Quem sabe eu consiga mudar de opinião, aumentar minha esperança. É isso, espero ouvir de vocês, só peço que se mantenha a educação, o respeito, sem ofensas, pois eu não pretendo ofender ninguém com esse texto.

Um grande abraço,
Pedro Meyer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário